Beijo Da Neblina Da Saudade

Estou em casa... Sozinha

E de repente, assim, sem me prevenir

Tu ligas e dizes :”Olá”

Assim simplesmente...

Mas tu sabes que essa palavra tua,

Outrora precursora de emoções,

A mim põe-me a ferver!

E o meu coração, cavalo desbocado,

Trota doidamente no meu peito...

Mas... Hoje não houve emoções...

E agora que, lentamente,

A cortina do sol desce na cidade,

A neblina da saudade

Deija o seu beijo húmido em mim!

Alegria De Olhar Mas Sem Te Sentir

Alegria!

Alegria da tua imagem,

Viageira de carro fugaz, nos meus olhos.

Encontro inesperado e tão lindo!

E tu sabes do meu anseio de ti

Tu sabes da minha vontade

De tocar a tua pele...

Mas eu não o fiz...

Olhava para ti,

Nessas olhadas que tudo dizem

Tudo o que a boca não fala...

E eu só olhava,

Apagando com sorrisos o fogo interior

Que berrava para eu esticar o meu braço,

Esticar a mão, e sentir ...

Sentir-te.....

Mas... Eu não o fiz...

Eu não te senti...

Dizer Teu Nome Aos Gritos

Teu nome...

E Eu quisera gritar teu nome

Forte, muito forte,

Alto, muito alto...

Dizer Aos gritos 

Esse nome que adoro!

Mas o não digo

Nem à meia voz,

Nem em sussurros...

Não ouso nem soletrá-lo!

E assim ele fica lá...

Guardado no meu coração

Até que um dia, ele,

Num grito da alma

Sopre-o ao vento

E já não será

Um segredo!

Lá Já Não Estamos!

O mar...
Lembras amor?
Ele continua o seu vaivém incessante

para cima e para baixo.

Ele chega e rompe contra as rochas,

essas mesmas rochas que sabem do nosso primeiro beijo.

Essas rochas que sabem do teu anseio louco de mim...

Das tuas palavras emocionadas

do teu fio de voz

rouca de paixão...

Do meu arrepio ao sentir os teus dedos

Na minha pele...

Da resposta que o meu corpo queria dar...

Sim... é verdade... O mar continua ali...

A rocha continua ali...

Só tu e eu, 

infelizes viageiros da saudade,

ai!, lá não estamos...